quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Não apondes o dedo, dá a mão.

Estou farta desta vida ingrata. Será que quando eu sinto que está tudo bem, tem que vir sempre alguma coisa derrubar esse alivio? Será que quando eu acho que estou a ter motivos para sorrir, tem que vir sempre alguma coisa deprimir-me? Será que quando eu acho que está na altura de seguir em frente, tem que vir sempre alguma coisa fazer-me recuar? Fazer-me relembrar os medos e reviver o passado?

Eu juro que o quero meter atrás das costa e seguir com a minha vida em frente, mas ele tornou-se uma pessoa tão importante na minha vida. Eu dediquei-me de corpo e alma para a relação e agora tudo acaba, não tenho nada, estou desamparada, não consigo confiar em ninguém, não me sinto segura.

Em relação a elas, foda-se, mas vocês podem parar de me fazer pressão? Posso levar as coisas com calma sem precipitações? Um dia de cada vez, o mundo não se fez num dia. Podem parar de fazer comparações e podem parar de me apontar o dedo? Eu sei que fiz merda, eu sei que estou constantemente a fazer merda, eu sou uma merda, não presto, não valo nada, sou fraca, eu sei disso... porquê que insistem em relembrar-me disso? Eu estou só a tentar encontrar a felicidade. Importam-se?

Só me apetece desaparecer... Começar tudo do 0 e sem ninguém saber para onde fui. Simplesmente desaparecer e pronto. Assim ninguém podia julgar as decisões que já tive, boas ou más, mas ninguém podia julgar, ninguém podia ou tinha razões para dizer que não tinha moral nenhuma. Uma pessoa não é perfeita, eu errei e vou continuar a errar, tal como as outras pessoas todas, é assim a vida, se não errarmos, não aprendemos, mas também não precisam de me condenar para o resto da minha vida pelos erros que já fiz.

A minha alternativa à vida está debaixo da minha cama. Estou a esgotar. Não encontro nada que me dê vontade de viver, que me dê um objetivo de vida, não encontro. Quero desistir disto tudo, não faz sentido estar viva.