sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tiraram-me a felicidade sem permissão.

Embora não pareça, está a ser difícil enfrentar isto; e hoje é um dia para esquecer.
Não sei porquê, não sei se é de mim, mas hoje, eu e a minha mãe temos fartado de discutir. Não era suposto apoiarmos-nos, visto que não temos mais ninguém?
Talvez possa ser apenas eu a mostrar a minha revolta perante esta situação que estamos a passar, já que no momento não a demonstrei.

Eu nem tenho muito para escrever sobre isto, acho que o meu sofrimento não se escreve, sente-se. A minha situação não se escreve, vive-se. É assim o meu dia, lidar com isto. Mentir à maior parte das pessoas e fingir que está tudo bem. Talvez para não ser olhada de lado, ouvir mexericos ou até mesmo só para não passar a figura de coitadinha. Sim, isto tudo porquê? Porque a sociedade de hoje é feita de rótulos. Uma pessoa tem tatuagens, é drogado. Uma pessoa é presa, é um assassino. Uma pessoa trabalha à noite, anda na má vida. É assim. E isto não é mudado por apenas uma pessoa ir contra isto, para isto acabar teriam que ser várias pessoas a ir contra estas ideias. Mas hoje em dia, isso ainda não será possível. As pessoas recusam-se a mudar as ideias, instruir essas ideias aos filhos e os filhos, muito deles, recusam-se a ter um pensamento livre.

Sinto-me fraca. Sinto que me estou a tornar adulta na minha adolescência, sinto que não me estão a deixar vivê-la.
Tenho apenas 16 anos e já tive que encarar coisas na minha vida que nem pessoas de 70 anos já encararam. Difícil de acreditar, mas é verdade, não é exagero.
De qualquer das maneiras, eu sei que isto tudo é que me fez a pessoas que sou, uma pessoa forte, em todos os aspetos uma pessoa guerreira. Mas apenas pedia ter uma adolescência como todos os outros. Como todos os meus outros amigos, afinal eu não merecia isto. Não merecia tudo isto que tenho andado a passar. Eu sei que não. Afinal não fiz mal a ninguém, as pessoas é que me têm feito mal. Têm-me tirado tudo da minha vida.

Eu tento mostrar ser forte. Mas sempre que tenho que enfrentar determinado local, ou ver determinadas pessoas, inclusive olhar da janela do meu quarto, custa tanto. Parece que vivo tudo de novo. E uma coisa que aprendi com isto, é que por mais que nós pensamos que estamos preparados para o que eventualmente poderá acontecer, acredita, nunca estaremos. Ah, outra coisa, vai por mim, quando tu pensas que estás infeliz, acredita, não estás. Provavelmente és a pessoas mais feliz do "mundo" e não sabes, apenas és exigente contigo própria e com os que te rodeiam. Mas não sejas assim, aproveita a tua felicidade, antes que um dia sem esperares, te atirem. Antes que entrem na tua vida sem autorização, e te deixem desamparada, sem saber os que fazeres, antes que te "cortem" as pernas. Porque aí sim, vais saber que sempre foste feliz, mas que apenas não sabias.